terça-feira, 29 de março de 2011

Conselhos x Críticas

Mais uma vez, situações de um cotidiano normal podem servir de "objetos de estudo" sobre as ações humanas.

Qual a diferença entre um comentário com propósito de depreciar e uma crítica?

Primeiro, vamos deixar bem claro a função fundamental de uma crítica.

Toda crítica é feita com o objetivo de buscar reflexão sobre ações cometidas para que se busque um melhoramento. Pelo que se percebe da definição, críticas são sempre construtivas. Sempre buscam melhorar algo que não está tão correto quanto nossos sentidos/instintos dizem.

Um exemplo polêmico que me motivou escrever: uma pessoa está acima do peso. Tipo, bastante acima do peso. Várias outras pessoas alertam para um prejuízo futuro tanto para a saúde quanto para uma reprovação num teste de resistência física. Se todas as evidências indicam que todos estão certos, por que então não parar e analisar o conteúdo da crítica? Quando uma ou outra pessoa faz um comentário desagradável a nosso respeito, existe uma grande possibilidade de ser apenas um comentário depreciativo. Mas quando você é a minoria e todos concordam em discordar de você, é muito mais provável que algo que você esteja fazendo não esteja certo.

Aqui se encaixa perfeitamente um dos maiores defeitos do ser humano: orgulho.
Mas, se esse sentimento tivesse uma moderação a ponto de apenas cultivar uma alta auto-estima, não seria um problema.

Mais uma vez a falta de equilíbrio causando sofrimento nas pessoas que o ignoram.

O que custa às pessoas adimitirem seus erros e que os outros podem estar certos também? Essa falta de humildade ainda faz mal a muitas pessoas...

Adimitir as incapacidades, os nossos limites, não é sinal de fraqueza! É sinal de grandiosidade.
Nem mesmo Sócrates, o maior sábio, o maior filósofo, o cara que é um marco na história da filosofia, ele não teve a ousadia de dizer que era O CARA. E isso não o fez ser o mais sábio?

Aceitar conselhos também não significa que devemos absorver toda e qualquer opinião que derem sobre nossas vidas. É importante saber filtrar os bons conselhos, os que nos farão crescer e evoluir como seres humanos, e aqueles que vão nos impurrar em precipícios sem volta.

Não digo para simplesmente virarmos pessoas extremamente preocupadas sobre tudo o que dizem sobre nós. Muito menos que deixemos de ter olhar crítico sobre as coisas para reproduzir sem preocupação alguma em selecionar informações nem fontes. Mais uma vez atento para o equilíbrio.

Afinal de contas, não é obrigatório que SEMPRE tenhamos que sofrer para aprender com nossos erros! É bom e válido também aprender com a experiência dos outros.
Mas se tiver de errar, pelo menos que se tire lições. Que se aprenda a não cometer os mesmos erros.

Pra quem consegue aceitar críticas e pra quem ainda tem muito pra aprender com a vida...

FELICIDADES!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Malabares

Sabem de uma coisa interessante? A incapacidade das pessoas em libertar sua imaginação.

Ontem tivemos no cursinho uma experiência única. Aula de malabares, circo, como acharem melhor.

Creio que todo mundo deveria passar por essa experiência também. A gente consegue perceber muitas coisas ao nosso redor, que normalmente não perceberíamos. Desenvolver habilidades que todos temos dentro de nós e que só faltava um "click" para serem despertadas. Não falo apenas das habilidades motoras, mas as de raciocínio também.

Um exemplo? Podemos perceber o pensamento dialético de Heráclito treinando com os malabares. Quem poderia imaginar? Lá vou eu relacionar filosofia a alguma coisa cotidiana...

A uns poucos segundos entre tentar acertar e deixar as bolinhas caírem no chão, já mudamos o suficiente para aprender a não deixá-las cair na próxima vez.

Ao mesmo tempo, algo metafísico do monismo estático de Parmênides estava ao nosso redor. A própria vida.
Um dia desses, percebi o que meu professor de biologia de Belém sempre tentava nos explicar e, por falta de criticidade filosófica no meu cotidiano, nunca consegui entender toda sua profundamente. A vida é a única coisa imutável que existe. Quando falo em vida, não me refiro a bactérias, fungos, plantinhas ou bichinhos. Não expecíficamente.
Já pensou se você não existisse? Será que o mundo pararia de girar e o sol, de brilhar, se você morresse amanhã? Provavelmente não. A vida é muito mais importante do que eu ou você. Ela simplesmente se auto-regula para nunca deixar de existir, mesmo que seja na forma da mais simples criatura. A partir do momento que começou a existir, tornou-se estático! Inevitavelmente. Isso se já não existisse antes do Big Bang em alguma das outras 11 dimensões do Universo...

Bom, se eu começar a especutar corro o risco de me aproximar dos pensamentos míticos... juízos de valor não são seguros para formar pensamentos científicos!

Outra coisa interessante na aula com os malabares foi perceber o quanto a arte circense é capaz de transformar. Traz a tona um lado infantil, espontâneo e descontraído que escondemos da sociedade para dar lugar a pessoas frias, calculistas e tristes.

Ontem, estavamos muitos felizes com nossas claves (aqueles malabares que parecem pinos de boliche alongados) quando um cara passou por nós dizendo: "Vão trabalhar! Não têm o que fazer..."
Um pouco antes, um garotinho passou por nós e comentou muito empolgado e curioso: "Mãe! Eles estão competindo pra ver quem fica mais tempo enquilibrando os pratos!"

A diferença entre eles é obvia: os adultos desaprenderam a se adimirar com as coisas! Os adultos perderam o quesito básico para se tornarem filósofos - capacidade de se impressionar com o mundo ao redor e ter curiosidade - logo, não encontrarão a finalidade de uma aula de malabares e, muito menos a magia que o circo proporciona a uma criança.
Ainda acho que aquele homem sentiu, bem no seu interior, uma vontade imensa de estar no nosso lugar e não indo quase correndo de volta para seu emprego chato numa consencionária. E aposto que nós poderíamos ter aprendido mais com aquele menino curioso. Talvez como fazer para redescobrir o mundo ao nosso redor a partir dos olhos da uma criança...

Mais uma coisa que percebi, também tem a ver com os pensamentos pré-socráticos. Para quem já viu um malabar chamado diabolo (nada a ver com o Lucifer, coisa ruim e diabinho, é que o nome vem do chinês mesmo), pode notar uma certa harmonia entre os pensamentos de Heráclito e Parmênides. A harmonia é apenas uma ilusão de optica. Enquanto gira velozmente equilibrado em um fio de barbante, o diabolo parece a nós estar parado, imóvel. Parece mágica! Não deixa de ser mágica mesmo, pois usa-se do princípio da ilusão de optica para fazer seu encanto. Além da aperência, o diabolo faz muitas (muitas MESMO) rotações por minutos, sem que nossos olhos consigam acompanhar. Mais uma prova de que não devemos confiar nos nossos sentidos... Enfim, aos nossos olhos está imóvel, mas as manobras que podem ser feitas com ele, mostram a beleza proporcionada pelo movimento!

Bom, nem preciso dizer que eu fiquei bem mais animada depois dessa oficina básica de circo né? Depois do choque diário de ser levada a sair da Matrix (ou na caverna de Platão, tanto faz, a alegoria e os sentimentos despertados são os mesmos) e do cansaço que esse esforço causa, creio que libertar um pouco mais a criança que existe em mim possa ajudar a agilizar esse processo de conhecimento sem deixar muitos traumas pelo meio do caminho.

No mais, desejo apenas que todos possam, um dia, voltar a ser crianças. Nem que seja por uma hora na semana!

FELICIDADES.

terça-feira, 22 de março de 2011

Erros

Recebendo opiniões sobre alguns temas que eu poderia discutir hoje, acabei por selecionar um que ficou nas entrelinhas do caso da catástrofe no Japão e, por incrível que pareça, que também tem muito a ver com a luta do Maurício Shogun, no sábado.

Será que a confiança em excesso não podem levar as pessoas a cometer erros?

Com tantas tecnologias avançadas, tantos cálculos de previsão, tantos treinamentos em casos de catástrofes como a que a conteceu... e os japoneses simplesmente esqueceram que também são seres humanos passíveis a erros!

Como os japoneses confiaram tanto que uma simples barreira de concreto pararia uma tsunami colossalmente imensa e forte? Não seria depositar esperanças demais em uma obra criada por um ser também imperfeito?

Toda a disciplina, a rigidez, a tecnologia e outros recursos não foram suficientes para conter a fúria de uma natureza sensibilizada pela ação antrópica, provando mais uma vez que o ser humano também erra, e muito!
Por várias vezes foram feitas reportagens enaltecendo a tecnologia usada na engenharia das obras japonesas, com sistemas anti terremotos entre outras coisas. Por ironia do destino ou não, agora os próprios japoneses perceberam que ainda tem um caminho muito longo até conseguir alcançar a perfeição e afirmar que dominaram a natureza!

Bom, o fato é que enquanto tudo estava muito bem obrigado no Japão, todos elogiavam. A partir do momento que a base ruiu e tudo caiu, começaram a aparecer crítica do tipo: com tanta tecnologia, como eles não puderam evitar essa destruição ou ao menos avisar a população para que buscassem abrigo?
Como se os cientistas e engenheiros não tivessem trabalhado anos de suas vidas se dedicando a estudar meios de reduzir os impactos da instabilidade geológica do local...

Erros cometidos por médicos, policiais e engenheiros (predominantemente esses três) são cobrados constantemente para que sejam perfeitos em seus trabalhos. Comentando pela área que mais tenho conhecimento, por exemplo, o médico pode realizar 5000 cirurgias bem sucedidas mas se acontecer algum imprevisto no caso 5001, ele vai ser altamente condenado pela sociedade e taxado como incompetente.
O ser humano é cruel e inflexivo. Em certos casos, até ingrato.

Um exemplo mais recente sobre isso aconteceu nesse fim de semana. Sábado, estava eu vendo a luta do Shogun vs. Jones. Em termos gerais, eu fiquei decepcionada com a atuação do brasileiro no UFC porque apesar de considerar o adversário um bom lutador, acreditava na superioridade técnica e de experiência do Shogun.
Ao contrário das evidências, sábado não foi um dia bom para o curitibano. Perdeu o cinturão, foi "atropelado" e agora tem que aceitar duras críticas. Definitivamente, é preciso muita força de espírito para continuar treinando e dar a volta por cima mesmo ouvindo críticas, piadinhas e desaforos.
Um cara pode ganhar todas as ultimas 10 lutas que participou, mas se perder uma todos os defeitos do mundo são revelados nele...
Senti até compaixão por ele depois das piadinhas e das críticas que ouvi sobre ele na aula de muay thai segunda-feira. Como se não existissem outros lutadores treinando e se esforçando para desafiá-lo... Como se ele tivesse obrigação de ser o Hércules do século XXI, indestrutível, semi-deus.
Talvez um excesso de confiança pode ter criando um véu de arrogância (típico do ser humano)... Quando se sobe muito alto, a queda é maior...

Uma coisa é certa, não devemos criar expectativas sobre ninguém. Sejam japoneses super dotados, sejam lutadores de MMA, sejam amigos ou sejam parentes... sempre, SEMPRE todos são apenas seres humanos e podem cometer falhas.

Errar é humano! Perdoar é dos Deuses...

E para todos,

FELICIDADES!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Sonhos

Mais uma vez atacando de filósofa do cotidiano...

Vou-lhes contar uma historinha para começar a brincar de pensar.

Uma garotinha, desde muito pequena, começou a sonhar.
Primeiro ela criava seus sonhos a partir de coisas que aconteceram com adultos e que ela acreditava ser adimirável.
Depois, mesmo nunca deixando seus inocentes sonhos de criança morrerem, ela começou a sonhar os sonhos de outras pessoas. Pessoas que a garotinha amava e que ela nunca queria decepcionar.
Mas a menina cresceu e, mesmo depois de tanto tempo, ela ainda guardava dentro de si seus sonhos da infância como se eles tivessem nascido toda manhã, ao acordar.
Como nunca quiz decepcionar as pessoas que ama, ela também carregava consigo a responsabilidade de realizar os sonhos dos seus entes amados.

Essa história ainda está sendo construída. E o final da história... o que deve acontecer? Se fosse novela da Globo, no meio do conflito teria um mocinho lindo de morrer e uma vilã invejosa para dar ação, mas tudo sairia bem no final. Ah! E o cenário seria ou Rio de Janeiro ou São Paulo, se duvidar, com escalas internacionais (menos no Japão nem na Líbia, lógico! Com o cenário atual desses lugares, não daria audiência...).

Na prática, a historinha não é tão ficcional. Quantas pessoas já deixaram de seguir seus sonhos em nome de uma "necessidade" mais urgente? Quantas pessoas já desistiram de correr atrás de seus sonhos por qualquer motivo que seja?

O fato é que, se deixarmos de sonhar um dia, tudo acaba. Somos movidos pelos sonhos. SOMOS DO TAMANHO DE NOSSOS SONHOS. Quando falo de sonhos não me refiro exatamente àqueles de quando estamos dormindo. Os sonhos que criamos quando estamos acordados, esses sim, movem o mundo.
Se não fosse assim, um gênio como Einstein não teria dito que "a imaginação é mais importante que o conhecimento".
Ora, se os filósofos e, posteriomente os cientistas, não tivessem tanta imaginação e curiosidade, possivelmente não teríamos tantos avanços tecnológicos hoje. Mas tudo partiu do nada, da imaginação, de sonhos.
Certamente, as proposições dessa observação que venho fazendo desde muito tempo (não lembro ao certo a quanto tempo) posso generalizar: um dia, mais cedo ou mais tarde, todas as pessoas se perguntarão se realmente vale a pena se sacrificar em nome de um objetivo, isso se já não se perguntaram. Mas, com toda certeza, quando se chega a conclusão de que não existe a possibilidade de mudar de objetivo, nos sentimos mais determinados em alcançá-lo. Como se uma carga de energia renovadora fosse injetada na corrente sanguinea.

O futuro é incerto, as recompensas não tem tempo certo para aparecerem isso se vierem um dia, o desgaste físico e psicológico que devemos enfrentar na trajetória é imenso, existem mais coisas tentando impedir a realização de um sonho do que coisas para incentivar, isso é óbvio!

Qual o problema em querer pensar por si só? Qual o problema em querer fazer o que quizer (respeitando-se os limites de liberdade impostos pela sociedade: sua liberdade vai até onde começa a do outro)? Por que nossos objetivos sempre estão relacionados ao nosso meio social (futuro profissional, estabilidade financeira no futuro, enfim)?

Desde quando começamos a interagir com o meio social, somos induzidos a não pensar, não sonhar, não perguntar, não sair da realidade (sermos realistas e lógicos segundo as leis sociais)... Se começarmos a pensar, se sairmos do papel de expectadores e passarmos para o papel de atores principais no teatro da vida, com certeza, iremos desagradar muitas pessoas que conseguiram fazer o mesmo a mais tempo e hoje dominam a maioria.

Qual é o problema em idealizar, criar teorias que fogem ao pensamento comum, imaginar, não concordar com as atuais leis da natureza?

Hoje em dia, se disserem que várias pessoas se suicidaram quando descobriram que 2 não possúi como raiz quadrada um número inteiro, todos vão rir. Assim como um dia (confesso) eu ri quando uma colega de turma do colégio se emocionou ao ver a dedução matemáticada fórmula de Baskara e outra que acordou chorando porque em seu sonho percebeu que raiz quadrada de 3 não é um número inteiro... Parece besteira, mas atitudes como a que eu tive um dia, poderiam ter inibido o interesse de um futuro grande matemático ou de um grande pesquisador. Por que? Simples... não dão liberdade para desenvolver a curiosidade que temos na infância. Não nos adimiramos mas quando descobrimos coisas novas e quando alguém consegue essa raridade, é taxada de louco (ou sonhador). Achamos que filosofia é inútil e que o filósofo é só mais um louco, muitas vezes drogado que não fala coisa com coisa. Nossos limites estão sempre sendo testados e obrigados a dilatarem para podermos nos destacar na sociedade.

O perfil de um aluno de medicina? Um sonhador. Um idealizador. Não é um cara que se vê passeando de jaleco pelos hospitais ou descobrindo casos de doenças raras no estilo Dr. House mas que, na prática, vai pra balada no fim de semana e na volta pra casa já está pensando na próxima festa. Um aluno de medicina é, sobretudo forte. Não exatamente no físico, mas no psicológico. Forte para resistir aos convites de festa dos "amigos", para renunciar várias outras coisas de lazer para ficar em casa estudando, para passar horas sentado numa cadeira lendo, escrevendo ou apenas prestando atenção numa aula, para aceitar cobranças de todas as pessoas com o qual convive, direta ou indiretamente, para ficar longe das pessoas que ama para poder se concentrar mais nos estudos... Uma pessoa insistente, persistente. Além disso tudo, deve ser calmo e equilibrado. Uma pessoa tranquila para lidar com situações estressantes no futuro, seja nas provas (vestibular, residência médica, concursos públicos, etc) como nas emergências.

No geral, todo médico deve ser um sonhador, não apenas mais um capitalista que vê seus pacientes como ponteciais bons pagadores. Um médico humano é muito mais importante para essa sociedade doentia do que mais um cidadão potencialmente doente social. E isso é estatísticamente provado: a parcela da população que mais adoence gravemente (como um câncer), desenvolve patologias sociais como estafa física, mental e depressão são médicos.
Sonhar com um futuro cheio de vida e esperança para uma população e querer se incluir nesse sonho como um facilitador, não faz mal a ninguém. Pelo contrário.
Ao ver que muitas vezes as pessoas que tratamos vivem felizes com muito menos que temos, nos fará agradecer a Deus todos os dias pelas nossas conquistas e nos dá mais certeza que esse é o caminho que levará a satisfação pessoal.
Uma pessoa, sendo médica, advogada, engenheira ou pesquizadora, que não faz uma relexão para estabelecer metas, traçar objetivos e , sobretudo, ter a humildade de reconhecer que está no caminho certo para realizar seu sonho, não será o melhor profissional de sua área, mesmo tendo condições pois não estará sendo guiado pelo seu sonho e sim por uma lógica de mercado.

Bom, só para encerrar, voltando para a historinha da menina, preciso confessar que não terminei de escrever a história dela. Ainda estou construindo esse futuro. Diariamente, um capítulo novo. Podem ter certeza, quando ela conseguir realizar seu maior sonho, vou contar aqui todo o processo de conquista e quais serão os seus novos sonhos a serem conquistados.

Para todos um ótimo final de semana de descanço, para mim um ótimo final de semana de estudos. De qualquer forma, a todos nós...

FELICIDADES!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Cisne negro

Mais uma semana começando. Além da obrigação, hoje senti necessidade de comentar sobre o programa cult do fim de semana. A sétima arte, mais uma vez me surpreendeu e encantou o suficiente a ponto de render comentário aqui no blog. O filme foi "Cisne negro" (Black Swan).
Um bom filme, me chama atenção pela riqueza dos detalhes. Sem querer (querendo) fazer o papel de crítica cinematográfica, mas como pessoa naturalmente crítica, preciso dizer que esse filme superou minhas expectativas.
Apesar de ser um filme de suspense e eu simplesmente DETESTAR filmes desse gênero até, nesse sentido, fiquei adimirada.

Adimito que o que me motivou a ver esse filme foi o balé. O Lago dos Cisnes é, sem dúvidas, o balé mais liiiiindo de todos (opinião pessoal). E a trilha sonora desse clássico é perfeita. Tchaikovisk é simplesmente um gênio!

Suspenses a parte e entrando no ponto principal, despois desse filme eu senti aumentar exponencialmente meu desejo de mergulhar na mente humana.

Muitas pessoas saíram do cinema reclamando: "quanta loucura!"
Será que essas pessoas realmente entenderam o porque de tanta "loucura"? Será que eu fui uma das poucas pessoas que se identificaram com a protagonista?
Não. Não estou psicótica (eis o porque de tantas imagens bizzaras e coisas impossíveis que algumas pessoas não entenderam). Mas como uma pessoa que normalmente tem uma cobrança pessoal muito forte, assim como a bailarina no filme, fiquei até com medo (ainda estou) de, um dia, desenvolver algum tipo de psicose. Afinal, conheço alguns casos de jovens que chegaram muito perto ou mesmo que chegaram a desenvolver problemas psicológicos por causa de falta de resistência emocional diante do vestibular e das cobranças pessoais, da família, dos professores e dos próprios amigos.

Em resumo, cisne negro conta a história da bailarina Nina (Natalie Portman) que foi escolida pelo professor para fazer o inédito papel dos cisnes branco e negro numa remontagem do lago dos cisnes mas, por não ter o perfil sedutor, envolvente e espontâneo do cisne negro, Nina chega ao seu limite físico e psicológico ao buscar seu modelo de perfeição.

O interessante, para mim, foi conhecer um pouco do mundo criado por pessoas psicóticas. As imagens da alucinação, o sofrimento e angústia que elas passam por não serem compreendidas e a "felicidade" ao encontrar a solução de seus problemas de qualquer forma, me fizeram aumentar a sede de descobrir os mistérios que cada cérebro esconde. Desejo esse que foi implantado nos meus objetivos para o futuro desde que li o livro "O futuro da humanidade" do Augusto Cury, do qual recomendo como leitura indispensável para a construção da personalidade não só dos futuros médicos, como das pessoas em geral.

Bom, amanhã teremos outro programa cultural. Dessa vez uma ópera: Carmen, de Bizet. Outro belíssimo clássico. Imperdível. Possivelmente, assunto da próxima postagem.

Para quem gosta (ou não) do lagos dos cisnes, Tchaikovisk ou de Carmen...

FELICIDADES!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Televisão e educação!

Na tentativa de dar uma "cara" de blog mais comum, vou falar hoje de um acontecimento de hoje.
Tudo bem, o fato é simples, mas vocês verão a crítica aqui também. Lógico! Se eu não fizer surgir a polêmica nesse blog já tão comprometido em "viagens" introspectivas, podem ter certeza, não serei mas eu escrevendo aqui!

Bom, o que me disparou o mecanismo do pensar hoje foi a primeira aula do dia. Geografia.
Desde o meu primeiro dia de aula aqui em Brasília, já notei que o método de estudo seria bastante diferente de qualquer outro que já participei. Mas nunca me passou pela cabeça ter de voltar, depois de tanto tempo, a fazer pesquisas e apresentar trabalhos. Não no cursinho!

Acostumada a ter "milhões" de aulas, simulados e listas, muitas listas de exercícios semanais, se adaptar a uma realidade de pesquisadora definitivamente não é tarefa fácil, até mesmo porque não estamos sendo dispensados das tarefas mais comuns ("milhões" de aulas, simulados e listas, muitas listas semanais!).

A missão para geografia essa semana foi, simplesmente, dar aula! No meu caso, uma missão bastante trabalhosa. Como resumir uma aula sobre geologia, sem aprofundar tanto ao ponto de falar sobre a aula dos outros colegas e seguindo uma sequencia lógica para que ninguém se perdesse no meio do pensamento?
Enfim... entre passar o carnaval organizando as idéias, pesquisando e tentando simplificar as coisas, o resultado saiu dentro das expectativas. Tudo deu certo. Menos para o Japão, que infelizmente, me serviu de exemplo sobre abalos sísmicos e tectônica de placas.

Enfim. Cheguei no ponto que queria! Dessa pequena narrativa de uma manhã comum no DF, tirei duas idéias potencialmente polêmicas: os métodos de ensino e aprendizagem dos cursinhos de pré-vestibular e televisão!

Sim! Exatamente, a televisão!
Adimito que nunca mais assisti nenhum programa televisivo por mais de meia hora. Não por falta de interesse, mas por falta de tempo ou disposição. Adimito que estou cometendo um erro crucial na minha formação.
Televisão pode ser uma grande arma a favor dos vestibulandos. Se, e somente se, souber extrair dela as melhores informações.
Assistir o BBB, as novelas e as receitas de bolo do MaisVocê, definitivamente são coisas que atrapalham. Dispersam conhecimento. Aliena. Desvia o foco dos verdadeiros assuntos interessantes e importantes...
Já pararam pra pensar no por que de os programas científicos, mais interessantes, que mais colaboram para a formação intelectual da população, como Globo Ciência, Globo Ecologia, Telecurso e Globo Reporter, sempre passam nos horários que a grande maioria das pessoas ainda estão dormindo ou estão saindo para trabalhar e estudar?
Coincidência? Não acredito. Não nesse caso!
Pensemos nisso. Saber selecionar os canais a assistir deve ser a missão de todo ser humano que deseja deixar de ser alienado pela mídia. Saber criticar as informações que chegam até nós é uma questão básica de alimentação do intelecto.

Resumindo essa primeira parte: se essa manhã eu não tivesse ligado a tv e visto o desastre natural no Japão, talvez a aula que eu planejei não tivesse tanta diferença. Mas e se esse assunto for cobrado em alguma das várias provas que eu farei ao longo desse ano e eu não tivesse a mínima noção do que está acontecendo no mundo? Com muita sorte, eu poderia chutar uma alternativa certa. Mas, não seria muito inteligente da minha parte correr o risco de perder uma questão nas provas. Além de que, todo conhecimento que eu adquirir nesse período da minha formação acadêmica, vai me servir um dia. Nem que seja para discutir nos bares e encontros sociais no futuro!

Segunda parte: métodos de ensino!
Posso me considerar uma pessoa de sorte nesse sentido. A partir do momento que entrei em um cursinho de vestibular, sempre tive aulas bastante "diferentes" das aulas tradicionais'.
Nos dois anos que persisti e insisti em fazer vestibular em Belém, sem o sucesso esperado, estudei no cursinho mais incomum que tive conhecimento até então... Onde mais, em Belém, um professor conseguia dar aulas de biologia E química, mesclando as duas matérias e cumprindo o cronograma de aulas não somente no tempo previsto, como também com nivel altíssimo de informações e detalhes? Fascinante!
Enfim, cheguei a conclusão de que é preciso muito mais do que conhecimento puro para passar em medicina. Descobri que manter a saúde psicológica deve ser a segunda maior preocupação de um estudante (a primeira é realmente não ter um cérebro comum e sim desenvolver um computador de memória ilimitada no lugar do cérebro). Descobri que é necessário desenvolver a inteligência emocional (tema de futuras discussões).

Como os cursinhos tradicionalmente trabalham? Pressão psicológica na sua mais pura essência! "Se você não acertar mais de 95% desse simulado, você não vai passar no vestibular e vai estar sentado nessa mesma cadeira no próximo ano!"
Sim... já ouvi isso! Várias vezes. Em vários lugares. Será que realmente criar um clima de competição extrema entre os alunos e fazer todo esse terrorismo psicológico vale a pena?
Para mim, só serviu para aumentar a insegurança diante de uma prova relativamente fácil e vê-la como uma GRANDE inimiga.
Adiantou? Bom, se tivesse dado certo eu não estaria tentando virar universitária até mesmo em outro Estado, longe dos meus pais, dos meus amigos, da minha casa e das coisas que eu mais gosto de fazer...

Bom, o fato interessante é que, mais uma vez, tive sorte!
Atualmente, considero meu cursinho um grande laboratório. Somos constantemente induzidos a pensar. A questionar. A pesquisar e construir conhecimento. Em que outro lugar o professor de português passaria de dever de casa criar um blog com duas postagens semanais? E onde um professor de geografia me faria passar o carnaval estudando para dar uma aula sobre geologia? Ou mais, onde mais eu teria a oportunidade de ter aula de artes nas ruas, museus e galerias da cidades? Interessante? Talvez seja. Se compararmos tudo isso aos modelos de aulas de um "Equipe" (em Belém) ou de um "Galois" (em Brasília), que na prática é a mesma coisa mecânica e doentia, deve realmente ser interessante.


Afinal, o que o governo quer da juventude brasileira? Formar máquinas de armazenamento de informações, possivelmente. Se não fosse assim, as escolas não ensinariam as criancinhas a guardar dados e sim as ensinariam a serem pensadoras! Aproveitaria a curiosidade natural de toda criança para torná-las as grandes pesquisadoras do futuro.

Educação é sim a base de uma sociedade!
Espero pelo dia que teremos jovens estudando pelo simples desejo de aprender sempre mais... Mas se depender dos vestibulares... Enfim, por hora, é melhor que eu consiga conciliar o mecânico método de absorção educacional ao prazer em conhecer novas coisas e a capacidade de sempre querer saber mais!

Como além de ter chegado a essas conclusões, tudo isso em apenas uma manhã e ainda ter discutido na aula de química sobre as teorias relativísticas de Einstein, buracos negros, buracos de minhoca, antiguidade clássica e ligações químicas... Já pensei o bastante por hoje!
É chegada a hora de descansar a máquina e prepará-la para um novo dia cheio de novas descobertas, amanhã.

FELICIDADES!

Egoísmo

Falando um pouco de egoísmo, sejamos sinceros, quem que nunca se enterrou tanto em seus problemas a ponto de afastar as pessoas mais queridas do seu lado. Consumiu-se tanto em meio aos impasses, sejam eles profissionais ou pessoais, que esqueceu que o outro também tem problemas e que por sinal precisam de nós tanto quanto nós precisamos deles. Parece redundante, mas o verdadeiro nome disso é reciprocidade, palavra difícil de escrever e mais ainda de falar, contudo um verbo simples de aplicar. Como? Para quem lê a Bíblia e nela crê, está escrito em Eclesiastes que dois homens são mais feliz juntos, pois se um cair o outro o levanta. Enquanto um homem solitário se cair não ha ninguém para levantá-lo.

Essa “Força” descrita nessa passagem é algo que vem de dentro, do mais profundo ego de cada um, não caímos porque somos “fracos” e sim por que fraquejamos, pleonasmo? Também não. Todos temos nossos momentos de fraqueza, é natural... É inevitável...

Agora levanto a grande questão, e quando os dois estiverem caídos? Seremos nós fortes o suficiente para suportar a nossa dor, de nos levantarmos e ainda conseguirmos erguer o próximo? Tenho certeza que sim! É realmente difícil de aplicar, às vezes chega a parecer simplesmente impossível, mas é aplicável sim! Seguindo a linha de pensamento acima, o da reciprocidade, quando ajudamos o próximo é automático que sejamos também. Digo por experiência própria, quando nos dedicamos à pessoa certa, inevitavelmente teremos retorno positivo e das formas mais inesperadas possível. O grande problema é quando esse retorno não vem, é frustrante, decepcionante e tudo que nos deixa pra baixo. Isso simplesmente acontece por que assumimos responsabilidades que não são nossas e acabamos projetando perspectivas quem nem sempre se firmam.

Chega aqui o ponto crucial da discussão, até que ponto nosso egocentrismo interfere nas nossas relações, sem que percebamos? Acreditem muito mais do que imaginamos. O simples fato de esperar que alguém seja ou aja do modo que queremos, já é ser egoísta. Quando nos ferimos com atitudes indesejadas, estamos querendo que alguém seja uma coisa que ela talvez não possa ser ou apenas não quer ser! O primeiro passo para se vencer o egoísmo é matando o orgulho, cada um faz aquilo que acha melhor pra si, se não somos capazes de entender, devemos pelo menos ter a humildade de aceitar e colaborar da melhor maneira possível.

Encerrando a discussão, é possível sim controlarmos nosso ego e mudarmos nossas atitudes. É só aceitar a idéia de que cada um tem a sua vida e seus problemas e ninguém é obrigado a adular pessoas mesquinhas que projetam suas frustrações nos outros, daí será mais fácil entender os outros dando aquela “força” quando precisarem e garanto que a recíproca será verdadeira.






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Vamos atribuir créditos agora... apesar de ser beeem o que eu escreveria, muito capaz de usar vários termos, diria até mesmos exemplos, o texto de hoje é do meu queridinho, Thiago Santos. Vamos concordar, o cara não é bom só no muay thai, ele escreve muito bem né? Meu amigo... (rsrsr, modestia!)
Queridinho, não se deixe abater. Do mesmo jeito que você me levanta quando eu tropeço, pode ter certeza que só vou tentar te derrubar na hora da luta, fora isso eu vou sempre estar disposta a te ajudar!
Infelizmente, quando estamos lidando com seres humanos, nunca devemos fazer as coisas esperando ser recompensado!

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Ainda essa semana, prometo não descumprir o dever de casa. Duas postagens semanais. Essa aqui foi versão especial!

Já planejando uma tese de pesquisa muito, muito interessante... Já tenho até objeto de estudo (né alemão? rsrsrs)! Mas é bom deixar em sigilo para não comprometer os resultados.

Tudo pela ciência!

E eu, sou muito esperta!

FELICIDADES!

terça-feira, 8 de março de 2011

Dia internacional da mulher (F)

Hoje, 8 de março, dia internacional das mulheres!

Primeiramente, parabéns a todas as guerreiras do cotidiano, as rainhas das famílias, as deusas das cozinhas, as lideres do Estado, as mães, as filhas, as avós, as tias, as sobrinhas, as netas, as amigas, as amantes, as esposas, as namoradas, as sogras, as cunhadas, solteiras, as casadas, as trabalhadoras...

Ser mulher é uma dádiva! Nenhum homem vai entender esse ser tão complexamenete irresistível e divino...
A dor das cólicas, do parto (que um dia sentirei, se Deus quizer!), as mudanças de humor... dão um toque de magia pouco compreendida até mesmo pelas próprias mulheres!

Que homem tem coragem e força de trabalhar o dia inteiro, chegar em casa e ainda cuidar dos que passaram o dia esperando sua chegada, seja pra fazer a comida, seja pra ler uma historinha antes de dormir? Existem homens assim... eu sei! Mas eles não fazem isso com a graciosidade e com a leveza de uma mulher...

Eles ainda tem muuuuuuuito a aprender conosco...

Não dizem que atrás de um grande homem existe uma grande mulher? As coisas estão mudando. Saiam de trás das cortinas mulheres! Sejamos as estrelas principais do show da vida!

Enquanto os homens pensam que dominam o mundo, nós os dominamos!
Os machões, valentões, invencíveis e dominadores, até mesmo os que se acham conquistadores, sempre buscam refúgio, proteção e os cuidados femininos...sempre!

Afinal, o que seria do mundo sem as mulheres? Não teria a graça da bailarina, o perfeccionismo da doceira, a voz das sopranos, o rebolado das rainhas de bateria, as expressões da atriz, os cuidados de uma mãe... imagine como seria um tango sem a figura doce e forte da dama? Como seria o zouk sem uma parceira pra jogar os cabelos? Como seria o carimbó de Marapanim sem os passos sedutores da morena? Ou, como seriam sem graça os poemas românticos se os escritores não tivessem a inspiração de uma bela moça?


É... definitivamente, o mundo precisa de nós, mulheres!

Eu, por exemplo, não poderia estar aqui escrevendo essa modesta porém sincera homenagem se não fosse pela atitude corajosa de uma grande mulher!
Para mim, ela é mais guerreira que Joana D'arc, mais corajosa que uma amazona, mais forte que rainha Elizabeth I, mais líder do que Cleópatra, mais revolucionária que Anita Garibaldi e mais linda que Afrodite!
Mãe, suas palavras acarinham, seus carinhos embevecem, seu sorriso ilumina o dia escuro, seu amor é o sol que aquece... seu colo é o sonho de um menino que de proteção carece.


(Assim que eu passar aqui na Unb, mando te buscar urgentemente! Amo muito você! Morrendo de saudades. :~~ )

Mais uma vez... FELIZ DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES! Isso vale para os meninos também... todo homem tem uma (ou várias) mulher(s) dentro de si! Nem que seja no coração...

FELICIDADES!

sábado, 5 de março de 2011

Vícios!

Olha o carnaval aííí geeeeente!!! êêêêÊ Lelê... muita folia e tal e tal e tal... pra quem não tem seis meses para aprender toda a matéria do ensino médio!
Postar no blog é mais um dos "deveres de casa" do cursinho. De qualquer forma, não estou de papo pro ar no feriado.

O post de hoje deve ser bem menos filosófico do que o ultimo. Apesar disso, criar polêmicas é sempre bom. Como ouvi hoje de manhã: "precisamos deixar de ser acríticos"!

Bom, pra começo de conversa, eu não tava com a mínima criatividade de postar nada aqui mas uma situação curiosamente tensa acabou de surgir por aqui... piercings e tatuagens!

Que porcaria (com TODO respeito a quem tem) essas coisas contém que deixam as pessoas viciadas?
Ainda não consegui entender de onde vem essa sede por se modificar tanto... será que tem alguma explicação científica para esse fenômeno? Talves eu deva pesquizar um pouco mais sobre o assunto. Se não tiver e permanecer sem explicações por pelo menos 6 anos, já sei qual será minha tese de tcc... (rsrsrs)

Bom... por hora vou ficando com a curiosidade!
Não sei também se a reação é geral mas eu tenho um casozinho bem tenso na família... ficar deprimido por ter que tirar os piercings é... sei lá, não tenho definição pra isso!

Ainda prefiro meu mais novo vício... é mais saudável e não gasta tanto! Muay thai. Pode até ser menos saudável do que a dança (mais que vício, paixão incondiciconal) por conta de ser uma constante viver com hematomas pelas pernas... melhor que ser uma sedentária gorducha tatuada!
Apesar de que deve ser mesmo ruim chegar ao extremo que a saúde permite!
Treinar toda machucada não é o mesmo que em plena forma física. O rendimento não é o mesmo e é até pior.

Vícios... será que todos são ruins mesmo? Geralmente, temos como vícios coisas ruins, tipo drogas e alcolismo (que não deixa de ser droga também)...

Afinal, o bom mesmo é sempre buscar o equilíbrio. Se a própria natureza busca sempre o equilíbrio entre as formas de vida, é porque isso deve ser o ideal mesmo.

Busquemos então a inspiração no triângulo equilátero! Base larga, estável. A forma (na minha humilde opinião) mais bela... harmônica!

Creio mesmo que o único vício que deveríamos ter era o de buscar ser feliz. Ser viciado em rir, em alegria, em piadas, em boas lembranças, em cultivar, criar e reinventar amizades... Ser viciado nas artes, nas músicas, na natureza, na VIDA...

Equilíbrio!

Isso Vale pra quem for virar bicho no carvanal!
Eu não vou... de qualquer forma, para todos nós,

FELICIDADES!

terça-feira, 1 de março de 2011

Perfil...

Inicialmente, criar esse blog foi mais uma proposta (bastante alternativa) de "dever de casa" de linguagens, produção de textos, enfim.

Vou começar o dever de casa levantando polêmicas... adoro o conflito (desde que seja construtivo)!

Sempre que se criam contas na internet, seja no facebook, no orkut, ou qualquer outra rede social, sempre devemos descrever nosso perfil. Parece bem óbvio isso, afinal como as pessoas me identificariam nesse universo imenso que é a internet? Mas a questão vai muito além de dizer seu nome, cidade onde nasceu, idade e profissão.

Depois da aula de filosofia hoje a tarde, digamos que eu entrei em crise existencial!
Não queridinhos... não estou virando emo, muito menos fã do Restart!

A idéia foi a seguinte: o tempo não pára, certo?
A cada milhonésimo de segundo estou morrendo um pouco (parece pessimismo, mas biologicamente falando, a cada nova divisão celular os telômeros dos nossos cromossomos se desgastam um pouco, o que representa o envelhecimento).
Segundo Heráclito nós não somos os mesmos de um segundo atrás.
Então, eu não fui antes o que sou agora... mas o agora acabou de passar sem que eu tivesse percebido e o futuro sempre será incerto, inevitavelmente!

Então, como disse o professor de filosofia, eu não sou Larissa. Estou sendo Larissa. E o futuro (como incertezas são improváveis de serem estudadas) sempre será um mistério, e a única coisa previsível é que não serei a mesma...

Tenso isso. Dificil de entender, a menos que já se tenha alcançado um grau de abstração significativo.

No fim das contas, acabo de relacionar esse questionamento a uma coisa que aprendi um dia desses na aula de biologia. O professor disse que a vida funciona por que existe um desequilíbrio natural entre as coisas e que quando um ser alcança a homeostasia é por que este ser morreu.
Para exemplificar, pensemos numa célula. Em uma linguagem bem simples, a célula tem "coisas" em seu interior que a deixam mais ou menos concentradas, dependendo do meio em que está. Entram íons e moléculas, saem detritos e mais íons. Dessa forma, a célula busca sempre o equilíbrio entre o meio interno e externo. E quando ela pára de buscar o equilíbrio? Adivinhem... Morte!

Tudo bem, como eu consegui misturar biologia com filosofia né?

Valendo-se das idéias dialéticas de Heráclito, provavelmente eu nunca me conheça de verdade. Talvez quando eu consiga a minha "homeostase existencial", seja tarde demais para definir para alguém quem eu sou.

Sabe o princípio da incerteza do Heinsenberg que não se pode saber velocidade e localização de um elétron no átomo ao mesmo tempo? Tem que ser um ou outro! Pois bem, vou lançar agora a minha versão de teoria da incerteza: é impossível se conhecer totalmente!

Chega! Acho que já filosofei pela semana inteira... dever de casa execultado com sucesso!

Como diria um amigo meu,

FELICIDADES...