terça-feira, 19 de abril de 2011

Turismo escolar!

Dia interessante hoje. Acho que falo por todos do curso quando digo que nos sentimos turistas!
De certa forma, um tom de nostalgia esteve presente no meu inconsciente por um certo período da tarde.
Primeiro por ser uma visitação a uma exposição de arte. Me lembraram as tão divertidas excursões escolares do ensino fundamental, só que sem o relatório escrito para a próxima aula! Sinceramente, sinto falta desse tempo. Do tempo, não dos relatórios!
O outro motivo da nostalgia foi o próprio lugar. Esperávamos o professor de artes, Derrú, na Praça dos Três Poderes. Enquanto isso, me lembrava das férias que vinha passar aqui em Brasília. Das manhãs de passeios em que eu, no auge da minha sapequisse de 3 anos aproximadamente, corria livremente atrás dos pombinhos.


(Praça dos Três Poderes)


Não sei se o sol estava forte ou minha cabeça já está pensando por si só. São tantos símbolos em um lugar só, tantos significados que, geralmente, passam despercebidos pelas lentes das câmeras dos turistas e dos olhos apressados dos funcionários públicos...
Por trás das poses nas fotos, fiquei realmente pensando se aquele lugar tão amplo, seria mesmo o lugar onde a justiça e o direito se representam na sua forma máxima.



Por exemplo, um dia desses um homem, em sinal de protesto, tentou por fogo na bandeira nacional. Sim! Aquela grandona que parece dançar no céu do planalto central. Um ato isolado, único e solitário de protesto. O que aconteceu com o homem, não faço idéia mas, eu fico indignada ao ouvir que ele tentou fazer isso porque é louco. Não é um espaço de protestos? Exagerado, até concordo! Mas dentro do seu direito de cidadão em não concordar com a situação do país.


Ainda empolgados com tantos símbolos, nos identificamos com um dos monumentos. Os candangos. Na verdade, o único aluno brasiliense mesmo, ainda não tinha se juntado ao nosso grupo. Éramos então dois baianos e uma paraense, empolgados com a cidade, mesmo já tendo passado várias vezes nesse mesmo local.
Os candangos foram guerreiros. Os grandes heróis da construção civil. Se não fosse pela determinação, força e coragem deles, essa cidade tão linda não estaria completando seus 51 anos essa semana.
Não viemos construir casas, prédios, ruas ou monumentos. Mas estamos construindo o futuro de Brasília e do Brasil a cada ensinamento que recebemos e repassamos, em cada lição de vida que descobrimos, em cada momento de humanidade que cultivamos dentro de nós e prometemos repassar para as outras pessoas... Somos também um pouco de candangos, um pouco de heróis. Por querer construir um futuro que queremos ver belo para nós e para todas as outras pessoas.




Conhecemos também algumas pessoas hoje. Pessoas que, assim como nós, vieram para Brasília em busca de uma vida melhor. Pessoas que, testemunharam atos de protestos (como o do homem que queria queimar a bandeira) e a passividade de vários turistas. Pessoas irreverentes, que buscam no bom humor uma forma de encarar suas rotinas com maior leveza, diferente de muitos engravatados que circulavam não muito distante dali nos palácios e plenário, sérios, secos.


(Seu Manuel, vendedor de souvenirs!rsrs Perdão seu Gil, o poliglota, sua foto não coube.)


De dentro do palácio do planalto, nos sentimos grandes. Tanto quanto o presidente da república e os outros políticos que vemos na televisão e elegemos sem nunca ter visto de perto. Me senti até um pouco eufórica por passar pelo mesmo local em que, nesse mesmo ano, passaram também chefes de Estado e representantes de vários países e a primeira presidentA do Brasil. Eufórica também, por estar prestes a ver algumas das obras de arte mais importantes do modernismo brasileiro, de grandes artistas como a grande Tarsila do Amaral e Djanira. Criativas, contestadoras, decididas, doces, guerreiras, as mulheres do Brasil assumem, no Planalto, seu lugar na linha de frente da nação.




Informações valiosas sobre o passado dessas mulheres, artistas e, sobretudo, brasileiras, como eu, encharcaram nossas cabeças e nos acrescentaram conhecimentos que, certamente marcaram muito mais que uma rápida leitura sobre biografias e livros de história e artes. Afinal, a tão famosa obra "Abaporu" de Tarsila, é muito mais interessante e fascinante do que as imagens que sempre estão em todos os livros.

Finalmente, já na saída do Palácio nos deparamos com uma parede "especial". Nela estavam as fotos de todos os presidentes da república. Mais uma vez, nosso lado turista falou mais alto! Como eu desperdiçaria uma oportunidade de ter uma foto com Getúlio Vargas (Extremismos e ditaduras a parte, eu considero o cara um gênio! Opinião própria, okey?!)
e o Lula (também o considero de uma genialidade espantosamente imensa por trás da simplicidade do ex-metalúrgico), os dois de uma vez só?!



Enfim, creio que tivemos um dia altamente produtivo, culturalmente e socialmente também! A prova física disso está nessa enxaqueca que não me larga desde as 16:00 aproximadamente e a tensão no pescoço que anuncia uma torcicolo básica de hoje para amanhã! Fora as reclamações do corpo, a mente agradece infinitamente por essa tarde, e minha pessoa, como um todo, também. Afinal, sei que momentos agradáveis, tão ricos em cultura e companheirismo acima de tudo, serão únicos e estarão gravados em minha memória mais profundamente que a bela visão do planalto central que nos encanta e surpreende todos os dias...


Porque essas pessoas que convivem comigo dia após dia, toleram meus estresses, alegram meus dias, levantam meu ânimo e me fazem sentir que não estou sozinha nessa guerra do vestibular são simplesmente, os melhores amigos/companheiros/seres humanos que eu poderia escolher! Valeu gente!

(Zuc, desculpa! Você ainda não tinha chegado quando tiramos a foto! Mas eu também gosto de você, tá?!)

Para todos então, FELICIDADES!!!

sábado, 16 de abril de 2011

RESUMO

De tarde quero descansar,
Chegar ate a praia e ver
Se o vento ainda está forte
Vai ser bom subir nas pedras
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora

Agora está tão longe
Vê, a linha do horizonte me distrai
Dos nossos planos é que tenho mais saudade,
Quando olhávamos juntos na mesma direção

Aonde está você agora
Além de aqui dentro de mim?

Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo

E quando eu vejo o mar,
Existe algo que diz,
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem

Já que você não está aqui,
O que posso fazer é cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos
Lembra que o plano era ficarmos bem?


- Olha só o que eu achei: cavalos-marinhos...

Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora.

{Vento No Litoral - Legião Urbana}



Isso diz TUDO!

terça-feira, 12 de abril de 2011

o vice-treco do subtroço!

Apesar de ser um tema bastante pertinente, a ultima postagem saiu de improviso. Inesperado.
O tema que eu iria tratar semana passado é um pouco mais introspectivo e ao mesmo tempo, amplo. Apesar de que falar sobre morte sempre acaba tendo uma visão e uma interpretação muito subjetiva.

Mas hoje a discussão trata de questionamentos que movem nossas vidas. Apesar de que algumas vezes, esse conflito deve ter induzido pessoas a não verem muito sentido nelas.

De quelquer forma, vamos lá!

A maior pergunta é: quem é você? quem somo nós?

Segundo um professor de física que tenho somos, simplesmente, "o vice-treco do subtroço!"

Acompanhem o pensamento dele...

Vivemos em um universo. Um universo, entre muitos que existem (ainda filosoficamente pois não foram comprovados empiricamente).
Dentro desse universo, entre pelo menos 1 bilhão de galáxias está uma, a via-láctea, na qual estamos.
Dentro dessa pequena galáxia (se comparadas com outras a nossa é pequena!), existem mais de 100 milhões de estrelas. Algumas maiores do que podemos sequer idealizar. Maiores inclusive que o nosso sol que também é uma estrela, porém, pasmem, estrela-anã!
Ao redor dessa "estrelinha" existem vários planetas e luas girando ao seu redor, asteróides e poeira cósmica.
Não é o maior, mas vivemos em um desses planetas que giram ao redor do sol, que é uma das estrelas da via-láctea, que é uma das bilhões de galáxias existentes, que fazem parte de um dos universos e que está em uma das possíveis 11 dimensões.
Dentro desse planeta, estamos concentrados (geralmente) em cima das massas continentais, que são 5 (América, Europa, Ásia, África e Oceania; alguns raríssimos nos pólos e viajando nos oceanos).

Ainda dentro da Terra, existem muitos seres vivos. Entre os seres vivos, tem uma entre as 10 a 50 milhões de espécies, do reino animal, a qual você e eu pertencemos. No mundo estima-se que somos 7 bilhões de seres humanos.

Dentro dos continentes ainda existem países, divisões regionais, estados, cidades, bairros, condomínios, ou ruas, ou vilas, ou andares... enfim! E só no Brasil, a espécie humana gira em torno de 191,5 milhões de habitantes.

E por aí vai... quantos vieram antes de você na sua família, que por sinal é uma entre milhares no mundo?

Depois de tudo isso, se alguma pessoa chegar para ver perguntando com aquela arrogância: "você sabe quem eu sou?". Responda: "você tem tempo para eu te explicar?"


Como você vai entender toda essa história, eu não sei. Apenas posso te ajudar a direcionar teu pensamento. Nesse sentido, não entre em crise existencial por não se achar importante no mundo e insignificante.
Acredite querido leitor, você e eu fazemos muita diferença!
Somos pequenos perto do tamanho de uma estrela ou das dimensões de um universo, é verdade. Mas já pararam para pensar na importância que temos na vida de outra pessoa tão "pequena" quanto nós? Na diferença que fazemos no futuro de outros seres vivos? Nas consequências que as ações de um ser tão pequeno podem causar? Algumas tão destrutivas e outras que possibilitam a harmonia das forças do universo?!

Mais uma vez uma frase de Einstein me mostra o tamanho de sua genialidade: "A imaginação é mais importante que o conhecimento." Com isso acho que tudo foi dito!
Se sua capacidade de criar, inventar e sonhar for tão grande a ponto de imaginar o tamanho do universo e de todos os mistérios que ele contém, serás mais importante do que um cara que não tenta libertar a mente dos cálculos, das fórmulas e das leis físicas, matemáticas e humanas.

Sejamos então grandes! Não estou falando de tamanho, a genética impede alguns de nós nesse sentido!
Sejamos libertadores da imaginação e assim, tão grandes quanto os maiores fenômenos cósmicos e tão pequenos ao ponto de admitir nossa insignificância biológica frente a grandiosidade da natureza.

Felicidades!!!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Morte


A morte, leva tudo. Menos as lembranças.


"A morte nada mais é que cruzar o mundo, como os amigos fazem com os mares; eles ainda vivem mutuamente. Pois é necessário a presença, para amar e viver no que é onipresente. Neste vidro divino, eles ficam cara a cara; e a conversa deles é livre, e também pura. Este é o conforto da amizade, apesar de lhes ter sido dito que morreriam, ainda assim a amizade e sociedade deles são, de certo modo, sempre presentes, por ser imortal."

{William Penn, Mais Frutos da Solidão}


Realmente, para morrer basta estar vivo! Mas, como aceitar uma "perda" tão grande quando menos se espera? (Por que usei aspas na palavra perda? Lógico, as pessoas morrem, suas memórias não!).


As notícias recentes me fizeram, mais uma vez, me preocupar com o mundo em que vivo.
Ontem percebi em uma palestra, uma realidade que me perturba constatar, então costumo não refletir muito sobre o assunto, apenas ter certos cuidados.

A palestrante comentou que, a muitos anos atrás, sua avó disse-lhe que tinha pena da geração dela, pois as pessoas estariam tão neuróticas que não parariam na rua nem para dar informações.

Depois do que aconteceu ontem, diria que aquela senhora estava sendo otimista.

Nosso futuro que, de certa forma, já era imprevisível, agora está constantemente ameaçado de não existir.

Se antes, tínhamos um certo receio de passar desacompanhados, de noite, por uma rua soturna, hoje tememos não encontrar nossos filhos, irmãos, primos e amigos depois da aula ou mesmo antes dela começar.

Temos medo. E não é por menos. Não temos a certeza de quando nossos dias no plano terrestre irão esgotar e muito menos sabemos sobre o que nos espera depois da morte. Poucos de nós recebem-na de braços abertos, como uma velha amiga. Ainda mais se ela não nos dá tempo de nos despedirmos de todos que amamos. Bate uma revolta. Um desespero. Uma saudade inesgotável.

Nunca irei esquecer de um grande amigo o qual não tive a oportunidade de me despedir. Mais uma vez, a violência afastou pessoas. Talvez fosse mesmo seu destino partir desse mundo aos 18 anos por causa de um celular e 10 reais. Mas, precisava ser assim?

Nesses momentos o conforto vem de várias formas. Os que sofrem com a saudade de um parente ou amigo que se foi tentam sempre se convencer que eles estão melhores que nós, pois não vivem mais nesse mundo cheio de tristeza, sofrimento, angústia e violência. Para os que nesse mundo permanecem, apenas nos resta a resignação, aceitar sem por a "culpa" em Deus ou no destino.

De qualquer forma, ninguém que não passa por situação tão dramática quanto a que aconteceu naquela escola do Rio de Janeiro pode dizer que entende o sofrimento dos que foram brutalmente separados de pessoas amadas. Não eram apenas crianças! Eram filhos. Eram irmãos. Eram primos e sobrinhos. Eram seres humanos que estava em busca de conhecimento para não serem animais criados nos cativeiros do tráfico, das drogas, dos roubo, das prostituições.

Sobre o assassino? Não sou ninguém para condená-lo. Não faria o que ele fez, mas se o condenasse, estaria sendo tão criminosa quanto ele. Se Deus, que é maior, que é o amor em puro conceito, é capaz de perdoar, eu sou alguém que poderia fazer isso também. Digo poderia, mas sou humana. Sinto o sofrimentos das pessoas. Não tenho toda a grandeza de Deus. Talvez um dia eu consiga, não ter a vastidão de amor ao próximo ao ponto de perdoar e aceitar passivamente um crime como esse, mas pelo menos não guardar essa raiva, essa revolta. Afinal, o assassino-suicida também é humano. Com problemas, com uma história, com um passado, com seus traumas, com seus sofrimentos, com seus desequilíbrios, com suas armas, com seus meios de se libertar.


Fique bem claro, que não estou tentando justificar a atitude, muito menos minimizar a gravidade do ato cometido.

Finalizando o texto que já perdeu seu poder de síntese a muito tempo, apenas um conselho que passei a seguir mais depois que perdi algumas pessoas importantes: ame. Não tenham medo ou vergonha de dizer a uma pessoa que a ama e de mostrar o quanto essa pessoa é importante para você. Afinal não sabemos se a veremos no outro dia, ou daqui a cinco minutos.


Do meu querido Gilbertinho, ficaram as lembranças de uma pessoa que espalhou felicidade por onde passou. De minha avó, infelizmente, ficaram por fazer várias coisas, várias conversas não aconteceram, vários festejos não foram compartilhados por vários motivos sendo o principal, a distância e, justamente por isso, assim como meu amigo, minha avó me deixou um sentimento de que eu ainda precisava de mais tempo para compartilhar coisas.

De qualquer forma, mesmo para quem está sofrendo diretamente com esse trágico acontecimento, desejo sempre...

FELICIDADES!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Ao nosso querido professor Dyogo.

Não tinha planejado nada para escrever. Na verdade, até ontem tinha em mente praticamente um tema inteiro desenvolvido. Mas como hoje foi um dia muito singular, achei melhor deixar essa cena para os próximos capítulos (até porque o assunto é meio complexo).

Em edição especial, dedico a postagem de hoje a um guerreiro que luta toda semana contra a minha cabeça dura para me fazer compreender português e, mais especificamente, regras gramaticais. Um cara super alto astral que busca de todas as formas passar seu conhecimento da melhor forma possível todas as aulas para nós, sendo eles de literatura, produção textual ou regras gramaticais e interpretação de texto.
Como ele mesmo disse em seu discurso, os formandos do curso de letras são "vencedores por conseguir concluir o ensino superior em um país em que a educação não é prioridade".
Entre os vários professores que estou tendo oportunidade de conhecer e o privilégio de receber seus conhecimentos, esse educador que nos faz criar um blog, fazer e refazer redações, mas vive de bom humor, contando piadas e sendo esgraçado espontâneamente mesmo quando o chuveiro queima, a internet é cortada e a tv a cabo lhe vira as costas... definitivamente, esse mestre merece mais do que nunca ter conseguido alcançar esse objetivo de colar grau pela Universidade de Brasília e ainda merece muito mais.
Não querendo ser a aluna puxa-sáco só porque recebeu uma nota relativamente boa na redação hoje. Nem por quase sempre receber elogios pelo blog. Notas boas, qualquer um pode receber se tiver o mérito. Blogueiro, qualquer um pode ser. Mas ser professor de português, não é pra qualquer um!

Bom, então depois de um discurso muuuuuuito bonito do nosso orador favorito, fiquei sem muitas palavras; ainda refletindo. Resta-me apenas meu singelo porém emocionado desejo de FELICIDADES nessa nova fase da sua vida profissional e muito SUCESSO.

PARABÉNS DYOGO!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O poder da palavra

Existem várias formas de falar com as pessoas. Não falo sobre idiomas. Falo sobre modos, entonações. No geral, falo sobre a arte da retórica.

São poucas as pessoas que desenvolvem essa prática de forma inata. Nesse sentido, creio que podemos dizer que existem pessoas que “nasceram com o dom da oratória” e outras que, podem até ter desenvolvido a técnica mas com um esforço muito maior.

O caso é, por que eu estou falando sobre “esse papo” todo?

Mais um caso que me chamou atenção durante a aula de malabares.

Estávamos nós, muito felizes pulando corda como nunca tínhamos feito antes (cordas duplas e cruzadas) para começar o aquecimento. A nossa preocupação era se poderíamos ou não fazer essas atividades na grama. Quando já estávamos terminando a atividade com as cordas, um dos pelo menos 5 porteiros que estavam reunidos confabulando na portaria do bloco, veio até nós pedindo pra que saíssemos do local onde estávamos, pois eles precisavam ligar os irrigadores automáticos.

Sem relutar, fomos procurar outro lugar para treinar com os malabares. Tudo bem, sem problemas! Tudo estaria certinho se os irrigadores não estivessem desligados até depois da hora que a nossa aula terminou a quase meia hora depois. Não sei se o porteiro quis simplesmente fazer jus ao dia da mentira, ou se ele usou de uma forma muito educada de pedir pra não pisarmos na grama. Se bem que, se ele dissesse que não podíamos ficar lá não teria problema também, da feita que ele não usasse de grosseria.

Ontem eu estava dando uma olhada em algumas informações sobre os filósofos sofistas, contemporâneos de Sócrates. Hoje mesmo, cerca de minutos antes dessa situação, tivemos aula de filosofia também um pouco sobre esses filósofos clássicos. De certa forma, esses dois fatos tiveram uma grande relação.

Os sofistas eram, geralmente, caras sábios que davam aulas, na Grécia antiga. Aulas de retórica, oratória. Saber falar em público era fundamental para os cidadãos atenienses já que a democracia deles, diferentemente da nossa, não era representativa, ou seja, numa linguagem bem simples, era cada um por si na hora de opinar sobre os assuntos do estado.

Apesar de ser uma semelhança até bem distante, o "saber falar" teve uma importância significativa nas duas ocasiões. Talvez não fizesse tanta diferença na vida de qualquer outra pessoa desatenta nesses detalhes comportamentais, mas perceber que coisas simples como escolher bem as palavras (ou as mentiras) que usaremos pode fazer a diferença na reação das pessoas que nos escutam.

Uma grande importância dentro da oratória é o poder de síntese. Coisa que eu AINDA não tenho. Muitas pessoas já comentaram sobre isso. A maior prova disso está nesse mesmo texto e em todos os outros: meus textos estão imensos. Como eu ainda não aprendi a sintetizar as idéias, descupem-me o tamanhão dos textos. Um dia eu aprendo, mas por hora vai ser assim mesmo.


FELICIDADES.