sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Retrospectiva pessoal

De repente me deu uma vontade muito grande de... escrever! Faz tempo que não faço isso aqui, e dessa vez o impulso falou mais alto que a preguiça. Admito que por várias vezes tive vontade de me perder nesse blog e fugir um pouco dessa vida louca que estava vivendo.

Uma coisa não podemos negar: vestibular é igual em qualquer lugar que se vá. Seja pra UnB (missão praticamente impossível, quando falamos de medicina), seja pra UEPA, UFPA ou qualquer outra universidade. Esse negócio de filosofar sobre a essência das provas e descobrir a “linguagem” que a envolve é meio surreal ainda pra mim. Justamente por isso, voltei pra Belém.

Como se diz por aqui: ééééégua da saudade! Definitivamente, amo Brasília. Não devo ser ingrata com a cidade e as pessoas que me acolheram e me receberam com tanto carinho. Atualmente tenho novos planos, e todos eles se restringem à região norte do Brasil.
Por sinal, devo dizer, com mais orgulho do que nunca, que meus planos estão restritos ao meu Pará, imenso, como sempre. Grande. Como deve ser! Mesmo sob ameaças “sulistas” de separar nosso povo, nossas origens, nossa cultura. Tudo bem, é verdade que não pode ficar do jeito que está. Ainda tem muita coisa pra melhorar. Muito progresso ainda tem que ser feito. Muitas pessoas ainda precisam ser tratadas primeiramente como gente, antes mesmo de serem paraenses.

Tantos assuntos que eu precisava comentar aqui e não o fiz... Falar logo sobre tudo o que me incomodava. Nesse sentido, vestibular é um alienador! Ver jornais? Era difícil. Não dava tempo. Ler jornais? Mais comum era ler as apostilas que inundavam meu quarto e pareciam surgir de todos os cantos da casa. Ainda em Brasília, tentei conciliar tudo isso: as notícias do mundo além do vestibular e as matérias obrigatórias. Bom, eu quase enlouqueci! Sério mesmo... é bastante trabalhoso acostumar nosso corpo a dormir 4 horas por noite. Apesar de que, um dia isso vai ser o de menos.

Mas o que é isso? Uma espécie de retrospectiva começando do segundo semestre? É, não seria uma má ideia.
Então é bom termos mais detalhes...

Junho: de volta para minha terra.
Nunca tinha ficado de férias tão cedo. Não sabia nem como gastar meu tempo. Descansar! Seria uma boa, se não tivesse uma mudança só me esperando para acontecer. Foram dias, longos dias com plástico bolha, desentulhando armários, livrando-me de bugigangas inúteis. Definitivamente, como disse Martha Medeiros em seu livro Doidas e Santas: “Poucas experiências são tão transcendentais como deixar nossas tranqueiras pra trás.”

Julho: finalmente férias.
Depois de um pequeno curso de férias no Physics - só pra não esquecer que ainda tinha muito vestibular pela frente - e muito trabalho com a mudança, o melhor mês do ano me aguardava ansiosamente pra ser abusado por mim. Praia. Enfim minha pele voltou a saber o que era um bronzeado de verdade. Salinas. Sol, mar, água salgada, festa na praia, lua cheia, estrelas... lindo! Só não conseguiu superar a viajem mais esperada de todos os tempos: finalmente conhecer Algodoal. Uma conclusão: não existe, simplesmente não existe nesse mundo um lugar mais lindo do que aquela ilha. Somos, a partir de agora, mais um caso de amor. Amo você Algodoal!

Agosto, Setembro, Outubro, Novembro...
Tudo resume-se em Physics Vestibulares. Minha casa, meu point. Foram dias, muitos dias, de “reclusão”. Grandes amizades surgiram lá ou simplesmente estavam me esperando chegar. Nessa vida eu acredito que tudo o que acontece tá planejadinho no livro do Mestre. Só isso pode explicar tudo o que aconteceu esse ano e em todos os outros em que estive no cursinho. Todas as pessoas maravilhosas que conheci e as que me apoiaram, mesmo a distância. Sem palavras pra agradecer tudo (tudo mesmo!) o que fizeram por mim e para mim. Só sei dizer que aprendi muito. Novas culturas, novos sotaques, novas visões de mundo.

Dezembro: decisivo e surpreendente.
Ainda não acabou, mas já entrou pra minha história como um dos mais importantes e especiais. É o mês dos resultados, das conclusões. É decisivo por que só depois dos acontecimentos desse mês eu, e todos os vestibulandos, vamos saber o que será do nosso futuro: cursinho de novo (se Deus quiser, nunca mais!), meter a cara numa ajudinha do governo e entrar logo numa universidade particular ou, finalmente, subir mais um degrau na escada da minha formação onde eu sempre quis estar, UFPA. Bom, se depender de passar em algum vestibular, é eu já consegui, falta só ser o que eu quero mesmo!

Dezembro(2): agradecimentos.
Geralmente quando o ano acaba, é hora de fazer os pedidos para o próximo ano. Antes de fazer a lista do ano que vem, acho melhor ser justa e agradecer pelo que consegui conquistar da lista do ano passado. Não acho conveniente citar nomes aqui, vai que eu esqueço-me de um ou outro indivíduo extremamente importante para mim... não iria me perdoar! Enfim, a todos que me acompanharam, ajudaram, consolaram, alegraram, incentivaram... Meu mais sincero obrigado.

OBS (1): é melhor deixar para fazer a lista de pedidos quando chegar mais próximo do réveillon.

OBS (2): Sim! Foi um ano proveitoso. Consegui cumprir boa parte da minha lista do ano passado (menos emagrecer, difícil de conseguir conciliar com rotina de cursinho) e ganhei mais presentes do que esperava.

OBS (3): Ano que vem tudo vai ser diferente... Vamos fazer acontecer!

Já que eu nunca me preocupei muito com o tamanhão dos meus textos, esse não seria diferentemente longo. Perdão. Um dia resumo tudo e faço um livro!

Por hora, é “só”.

FELICIDADES!