Existem várias formas de falar com as pessoas. Não falo sobre idiomas. Falo sobre modos, entonações. No geral, falo sobre a arte da retórica.
São poucas as pessoas que desenvolvem essa prática de forma inata. Nesse sentido, creio que podemos dizer que existem pessoas que “nasceram com o dom da oratória” e outras que, podem até ter desenvolvido a técnica mas com um esforço muito maior.
O caso é, por que eu estou falando sobre “esse papo” todo?
Mais um caso que me chamou atenção durante a aula de malabares.
Estávamos nós, muito felizes pulando corda como nunca tínhamos feito antes (cordas duplas e cruzadas) para começar o aquecimento. A nossa preocupação era se poderíamos ou não fazer essas atividades na grama. Quando já estávamos terminando a atividade com as cordas, um dos pelo menos 5 porteiros que estavam reunidos confabulando na portaria do bloco, veio até nós pedindo pra que saíssemos do local onde estávamos, pois eles precisavam ligar os irrigadores automáticos.
Sem relutar, fomos procurar outro lugar para treinar com os malabares. Tudo bem, sem problemas! Tudo estaria certinho se os irrigadores não estivessem desligados até depois da hora que a nossa aula terminou a quase meia hora depois. Não sei se o porteiro quis simplesmente fazer jus ao dia da mentira, ou se ele usou de uma forma muito educada de pedir pra não pisarmos na grama. Se bem que, se ele dissesse que não podíamos ficar lá não teria problema também, da feita que ele não usasse de grosseria.
Ontem eu estava dando uma olhada em algumas informações sobre os filósofos sofistas, contemporâneos de Sócrates. Hoje mesmo, cerca de minutos antes dessa situação, tivemos aula de filosofia também um pouco sobre esses filósofos clássicos. De certa forma, esses dois fatos tiveram uma grande relação.
Os sofistas eram, geralmente, caras sábios que davam aulas, na Grécia antiga. Aulas de retórica, oratória. Saber falar em público era fundamental para os cidadãos atenienses já que a democracia deles, diferentemente da nossa, não era representativa, ou seja, numa linguagem bem simples, era cada um por si na hora de opinar sobre os assuntos do estado.
Apesar de ser uma semelhança até bem distante, o "saber falar" teve uma importância significativa nas duas ocasiões. Talvez não fizesse tanta diferença na vida de qualquer outra pessoa desatenta nesses detalhes comportamentais, mas perceber que coisas simples como escolher bem as palavras (ou as mentiras) que usaremos pode fazer a diferença na reação das pessoas que nos escutam.
Uma grande importância dentro da oratória é o poder de síntese. Coisa que eu AINDA não tenho. Muitas pessoas já comentaram sobre isso. A maior prova disso está nesse mesmo texto e em todos os outros: meus textos estão imensos. Como eu ainda não aprendi a sintetizar as idéias, descupem-me o tamanhão dos textos. Um dia eu aprendo, mas por hora vai ser assim mesmo.
FELICIDADES.
É queridinha, esse tal de problema da síntese e comun a nós entao, quando aprenderes a sintetizar me ensina viu! :D
ResponderExcluirLarissa, que bom ver vc usando as relexões do passado nos seus momentos do cotidiano. Dialogar, comunicar ou passar qualquer tipo de informação nem sempre é fácil. Lembre-se num diálogo sempre ocorrem choques de idéias, em muitos casos chegando ao consenso, já em outros não. O importante é comunicar como diria Chacrinha : "quem não comunica se estrumbica!!"
ResponderExcluirNÃO FIQUE PREOCUPADA COM A SÍNTESE.
Aos poucos, na medida em que escreve conseguirá o seu objetivo.
Bjinhos